domingo, 21 de dezembro de 2008

Primeiro capítulo

Atendendo a pedidos, resolvi escrever o primeiro episódio da primeira temporada.
Vcs sabem, como é primeiro episódio, a idéia é apenas apresentar os personagens.

O meu episódio começa com uma cena emocionante de aeroporto. O erro apareceu logo na caminhada pela 2nd avenue, com meu ex mocinho levando minhas duas malas de 30 kilos cada e minha amiga carregando minha bolsa.
Momento emoção, eu me despeço dos amigos que chegam aos poucos e coloco as malas no ônibus que me levaria ao aeroporto. Dentro do ônibus, já saudosa, começo a conversar com um inglês e resolvo checar meu passaporte pela última vez, quando percebo... onde está meu passaporte, onde está minha bolsa? No ombro da minha amiga lááááá em Manhattan. Looonge...
Momento desespero - eu não estava mais com celular, não lembrava de cabeça o número da minha amiga... na verdade eu não lembrava o celular de ninguém. Até que no meio do meu desespero, sem dinheiro, sem cartão, sem nada, eu vejo um carro cheio de gente acenando para mim: meus amigos com a minha bolsa!
Bom, depois de tudo resolvido eu chego no aeroporto, embarco e chego no Brasil. Desbravando S. Paulo pela segunda vez, sentindo a cidade que eu já não reconhecia aos poucos, vou entrando em contato com os meus bons e velhos amigos.

Apresentando personagens:
Amiga 1.
Loira de cachinhos, bonita, inteligente, cinéfila. Para apresentar a personagem diversas cenas mostram ALP com a Amiga 1 nos mais diversos lugares. Desde Fernando de Noronha, Paraty, shows e casas festeiras de S. Paulo. Em sua primeira cena contracena com o ex babaca, que não aguenta a pressão de todo o sucesso e brilho da amiga 1. Em uma súbita e inexplicada crise de depressão termina com ela. Agora a amiga 1 precisa aprender a ficar sozinha mais uma vez. O que nunca é problema se combinado com cerveja e risadas.
Amigo 2. Começa o episódio conversando com a protagonista em uma padaria de madrugada sobre esse amor que só faz mal, o amor inacabado com a pessoa que mora longe. Os dois têm a idéia de fazer um filme sobre o assunto.
Amigo 3. Começa a temporada conhecendo a protagonista em um dia de ensaio de uma banda de chorinho... no meio da animação eles conversam sobre Cat Power, whisky, jazz e Nelson Rodrigues. Viram então os melhores amigos do mundo.
Amigos 4, 5, 6 e 7. Todos estão no bar rindo e conversando sobre a vida nos últimos três meses enquanto eu estava longe. Na cena do bar algumas características de cada personagem.
Amiga 8. Aparece em uma cena casual em um bar com a protagonista e outros amigos. Até que ela vai reaparecendo e reaparecendo.

Eles ainda não têm um lugar fixo que se encontram sempre, mas aos poucos a história dos próprios coadjuvantes vai se entrelaçando...

Um novo emprego aparece e muito alcool para celebrar os novos e velhos amigos.

A última cena é um flash back do aeroporto, onde tudo é grande, longe e excitante... Passado o stress de "será que a alfândega vai me parar" tudo fica mais fácil.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Segunda temporada

A segunda temporada chegou com alguns personagens novos e a descoberta que S. Paulo é sim um bom cenário.

Como chegam novos personagens alguns antigos precisam ir embora e o primeiro a sair é o moço que não mostrou ainda pq veio. A conclusão desse relacionamento é que se a pessoa não mostra pq veio no começo ela não mostrará nunca mais. Eu poderia matá-lo num acidente de avião, mas como a vida é mais cruel, ele volta com a ex namorada feia e velha. No final quem se ferra é ele.


Amiga 1. Supera completamente o ex babaca e se refugia no trabalho. Mas o trabalho guarda muitas surpresas e no meio de um monte de gente blasé do cinema pode aparecer alguém que vá salvá-la. Essa pode ser uma temporada cansativa, mas vai valer a pena na temporada 3. Óbvio que não exclui muita diversão com a protagonistas em hostels, bares, baladas estranhas e muito mais.
Amigo 2. Confuso. No meio da temporada em uma saída casual conhece a amiga 10 (nova). Confusões e trapalhadas ajudam a mostrar como são esses dois personagens e como eles precisam um do outro naquele momento. Mesmo que o momento acabe logo ou não.
Amigo 3. Conhece também alguém, mas permanece na dúvida entre a vida boêmia e a vida monótona. Enquanto isso se diverte comigo em shows, cafés, cinemas e krathong thongs.
Amigo 4 e 5. Continuam na mesma.
Amigo 6. Larga o emprego e resolve se dedicar inteiramente a sua vontade de ser acadêmico. As mulheres estão censuradas.
Amigo 7. Não conseguiu ainda a ex, mas continua com questões mais importantes. Teve um grande papel de me mostrar que o moço que não tinha mostrado pra que veio, na verdade não tinha vindo pra nada.
Amiga 8. Quase recuperada, termina a faculdade de arquitetura e vai atrás do seu sonho, só que em ambientes muito mais interessantes. Começa com Portugal e Espanha.
Amigo 9. Continua o amigo para todas as horas. Todas mesmo. Continua gatinho e continua levantando a audiência.

Casting:
Amiga 10.
Veio do mar, cheia de mistérios (que eu desvendei em 10 minutos) e trauminhas (ET), mas nada que não dê para resolver. Termina a temporada entrando no aeroporto rumo a Espanha. Será que ela embarca?. Já foi citada no começo da série.
Amigo 11. Outra aposta na audiência. Amigo antigo, desde o tempo em que o Franz Ferdinand era uma banda nova. Esse mocinho de cachinhos vive conturbando as temporadas e desaparecendo. Termina a temporada conseguindo um papel de ator em um programa para jovens de uma grande emissora.
Amiga 12. Prima Ponciano. Entra na segunda temporada recém mudada para S. Paulo.

Com esses três novos personagens oficiais para aumentar a audiência, ALP continua com suas aventuras, atualmente um pouco mais lisérgicas e irresponsáveis, mas sempre regadas a muito whisky e jazz. A cidade que estava pequena demais, fica cada vez maior e mais legal... A segunda temporada começa com o fim do moço que não mostou para o que veio e com mais dois dream jobs. No decorrer da temporada ALP precisa escolher entre eles e começo o planejamento terceira temporada, que inclui morar sozinha. No meio dos rolos, sinto que algo grande está por vir, mesmo tendo uma percepção quase sempre errada dos relacionamentos. Mas o que continua importando é a diversão!


Trilha sonora:
Your love alone is not enought - Maniac Street Preachers (abertura)
Sex is on fire - Kings of Leon
Babylon - David Gray
Whistle for the choir - Fratellis
Use Somebody - Kings of Leon
Under Control - Strokes
She's leaving home - Beatles
Queen of the world - Ida Maria
Hurricane Jane - Black Kids
Intuition - Feist
i'm not gonna teach your boyfriend how to dance with you - Black Kids
New York i love you but you're bringing me down - LCD
Two more years - Bloc Party

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Top 5 Beatles (de hoje)

1. I'm only sleeping
2. She's leaving home
3. Drive my car
4. 8 days a week
5. Eleanor Rigby

Música mais triste do dia:
Under Control - Strokes

terça-feira, 11 de novembro de 2008

32o Mostra Internacional de Cinema de São Paulo - parte 3

O Cavalo de Duas Patas: Sai freak! Pelo amor de deus... que filme péssimo. Acabou com toda a minha boa impressão da diretora.

Off All The Things: Um relato emocionante do filho de um dos maiores compositores americanos não reconhecidos. Uma graça.

Cerejeiras em flor: Definitivamente o melhor filme da Mostra. Emocionante na medida certa, lindo esteticamente, história incrível. Impecável.

Meu Winnipeg: e não é que esses filmes surrealistas estão virando moda? O Guy Maddin realmente consegue fazer coisas diferentes.

Cinzas do passado: bons tempos quando o Wong Kar Wai dirigia cenas em desertos e não em cafés. Lindo!

Comerciais do Bergman: como dizia Cakoff - ouro em pó. Sério. Gênio. Eu quero sabonês Briss!!!!

Che: Mesmo sendo 4h20 ele não sufoca. mas o ideal é parar e tomar um café. O Benicio é o cara mais sexy de todos os tempos. Pronto, falei! ...

Contratempo: Bah, pq as pessoas decidem um dia que vão ser diretores? Pelo amor! Pq elasnão nos poupam com a sua beleza?

Three Monkeys: A edição e a cor meio sépia são impressionantes... e a tentativa daquela família. Vale a pena.

Sob a Mesma Lua: Co-produção mexicana e americana sobre clandestinos do primeiro país nos EUA. Irônico, né?

Vicky Cristina Barcelona: Ah, que saudade eu estava do Woody de verdade. Sabe aquele de sempre?

Zebra Crossing: Se fosse no Brasil os protagononistas teriam morrido na primeira meia hora de filme. Sério.

Verônica: Nunca, eu disse nunca deixe uma mulher com instinto materno e uma arma na mão. Bruncadeira. Sabe Central do Brasil.. então...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Eu não tenho vocação pra seriado...

porque eu sempre desisto antes. Eu assumo que acho o aeroporto longe e não iria correndo atrás de ninguém. Eu não tenho vocação porque antes das pessoas desistirem de mim eu já mostro uma banana pra elas e começo a vida de novo de outro jeito. Não tenho nenhuma vocação pra heroina, pra cheerleader, pra novaiorquina (de Friends, a Sex and the city a lipstick Jungle), pra médica no plantão, pra adolescente problemática e virgem, pra nada.
Desisto de amigos, de amores mal e bem amados, até da minha cachorra eu já desisti (pô, ela fica latindo pra mim). Desisto porque é mais fácil dizer que rejeitou a ser rejeitada, mesmo que no final não faça a menor diferença.
Mas a vida é assim... se você fala 6 línguas, toca saxofone e conhece Israel vc tem vocação a seriado, senão vc é somente mais uma pessoa no meio da cidade. E vamos combinar que S. Paulo não é o cenário pra seriado nenhum.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

32o Mostra Internacional de Cinema de São Paulo - parte 2

















4 horas com Win Wenders
"Be carefull with her, she's a great photographer"
"Where can I get a double expresso, please?"
"Yeah, you are right São Paulo is very noisy, but Palermo is more"
Do you have an ipod? - "I have about ten"
"Rock and roll saved my life, i was supposed to become a lawyer"
...

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

32o Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Varsóvia sombria - o Christopher Doyle provou que ele serve mesmo só pra fazer fotografia do Wong Kar Wai. Dirigir não.

Mataram a irmã Dorothy- Erro! Eu juro que eu faria melhor no meu TCC.

Horas de verão - E quem nunca pensou que iria ver a Juliette Binoche loira errou. Rá! Filme sobre uma casa, prestem atenção.

A canção dos pardais - ok, eu nunca tinha visto um close num avestruz antes. uhu!

A fronteira da Alvorada - lembra do Passado? pois é... essas coisas também acontecem na França.

Gomorra - gangsters como só os italianos sabem fazer. o difícil é pensar que tudo isso é verdade.

Rebobine, por favor - tirando o Jack Black, o filme é impecável. Vale pelos figurinos e pelo mundo de sonho que só o Gondry sabe fazer.

Valsa em Bashir - incrível. Um filme doloroso que mostra o conflito palestina X líbano em forma de animação. diferentede tudo que vc já viu. ...

Palermo Shooting - acho q o melhor do filme é q faz 3 dias que só consigo pensar se ele é bom ou ruim. Mas um Win Wenders é sempre um WW.

Perro come perro - evitem. violência gratuita e igual a tudo que já foi feito antes. Colombianos e magia negra na mesma frase?

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

orkut: em inglês é mais legal

Ana Luiza Ponciano updated films to "passion"
Ana Luiza Ponciano updated music to "activitie"
Ana Luiza Ponciano updated passions to "music"
Ana Luiza Ponciano updated sports to "films"

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

E se fosse assim?


A arte imita a vida e vice-e-versa. E como tudo não passa de uma imitação podemos catalogar as vidas de acordo com as artes. Calma, eu explico.

Existem as:

Vida Malhação: Vivemos numa escola, academia, com amigos felizes e alegres e o nosso único e maior problema é se aquele 'gatinho' te 'azarou' ou não.

Às vezes depois da vida Malhação chega a vida novela das 8: para isso acontecer vc percebe que pulamos alguns estágios (novela das 6 e 7) então algo um pouco pesado deve acontecer. Pessoas loucas indo pra hospitais, facadas, tiros, crises na família são alguns dos aspectos que te fazem subir o estágio. A vida novela das 8 é mais emocionante, com mais sexo, paixão, sangue. Mas se eu pudesse te aconselhar, permaneceria na vida Malhação.

Vida Woody Allen (sem contar os filmes feitos na Europa): Jazz, NY, judeus, psicólogos, troca de casais, muitos dramas psicológicos. É mais emocionante que a vida novela das 8, tem neve, tem NY, tem charme. Pode ser um pouco mais traumático, mas a garantia de diversão é real.

Vida Friends: É o meio termo entre Malhação, novela das 8 e Woody, por isso a mais indicada para "morar". É em NY, mas não é tão traumático, tem paixõezinhas, mas não são tão infantis, e não tem crimes e pessoas más como na novela. O problema é que vc corre o sério risco de ser um figurante, ou alguém como o Gunter, por exemplo, apaixonado pela Rachel nos 10 anos da série.

Agora a parte mais divertida nos sitcons é que os acontecimentos mais importantes (como casamentos, novos empregos, mortes, etc) podem ser divididos em temporadas. Então se dividirmos nossa vida em temporadas precisamos pensar primeiro em um acontecimento inusitado para começar a história de uma forma que a audiência não vá nos abandonar depois. Vamos pensar...

Eu. a temporada começa comigo voltando de NY e achando o melhor emprego do mundo. Termina comigo saindo do emprego e enrolada com um moço que não mostrou ainda para que veio.
Caso 2. Personagem de outro país que vem atrás de mim no meio do meu pseudo-romance com o moço que não mostrou ainda para que veio.
Amiga 1. Namorado terminou porque ela era workaholic e ele não tinha emprego.
Amigo 2. Barba Ruiva. Se apaixonou por personagem que mora em outro país. Na primeira temporada ele está saindo do país e chegando ao Brasil. A primeira temporada será inteira marcada pelos planos do personagem de como reconquistar o amor da guria.
Amigo 3. Amigo enrolado. Ele gosta de jazz, whisky, mulheres. Será nosso Joey só que inteligente e sofisticado. A primeira temporada ele fica com todas as mulheres do mundo.
Amigo 4 e 5. Casal feliz de jornalistas. Já passaram por dificuldades, mas agora são o casal modelo.
Amigo 6. Árabe, ligado às velhas tradições, tenta esquecer a ex namorada em vão por enqto. Grande chance de amigo 6 ficar com amiga 1.
Amigo 7. Lutando pelo amor da ex namorada de 3 anos atrás. Será que ele consegue?
Amiga 8. Amiga nova, a cara da Cameron Dias. Ela ainda vai mexer muito com os meus amigos. No tempo certo. Agora ela se recupera de uma pequena queda.
Amigo 9. Publicitário gatinho se formando. Sua temporada será marcada pelo término com a ex namorada e o momento se formando na faculdade. Estratégia para aumentar a audiência.


Logo, no atual momento, eu (a protagonista, óbvio - esse blog é meu) estaria no começo da temporada. Volto sem querer voltar de NY, mas arrumo um dream job e na mesma época conheço o tal moço. Empecilhos enormes aparecem. A temporada termina com o moço que ainda não mostrou para o que veio viajando. Se eu estivesse mesmo em uma série eu iria até o aeroporto, mas na minha série eu não fui. A não ida ao aeroporto deixa a dúvida se teria feito diferença ou não. Nesse meio eu faço uma entrevista em outro dream job e passo. A temporada termina então com a viagem do moço e o novo emprego. E enquanto ele não volta e o trabalho não começa colocamos os episódios anteriores para repetirem. E não é que eles foram bacanas também?
Mas e agora? Só aguardar a nova temporada? Mas quando ela chega?

Trilha sonora:
Your love alone is not enought - Maniac Street Preachers (abertura)
I Still Remember - Bloc Party
This Time Tomorrow - Kinks
1234 - Feist
Wouldn't it be nice - Beach Boys
Queen of the world - Ida Maria
Hurricane Jane - Black Kids
Honest Mistake - The Bravery
Breaking my own heart - Duffy
Whistle for the Choir - Fratellis
Rest my Chemestry - Interpol
Drift Away - Rolling Stones
A Certain Romance - Artic Monkeys

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

10 coisas

Tava fuçando a internet e achei isso num blog e achei incrível. É uma enquete com as 10 melhorews respostas do que vc faria se o mundo acabasse. Precisei copiar. Mas cito a fonte no final. Depois farei a minha lista. Eis:

1. Namorar uma ruiva legítima;
2. Me perder dentro da Sagrada Família do Gaudí em Barcelona;
3. Escrever um livro bom o suficiente para não ir parar no balcão de encalhes 6 meses depois do lançamento;
4. Ter dinheiro suficiente para não precisar mais vender meu corpo no submundo paulistano sob a alcunha de Kamikaze do Amor;
5. Viver numa casa de praia que tenha piscina (posto que detesto água salgada), curtindo a brisa do mar enquanto leio meus Manns, Goethes e Borges sossegadamente;
6. Aprender a tocar pelo menos um destes instrumentos: harpa, violoncelo ou theremin;
7. Pular de pára-quedas;
8. Transar no topo de um prédio e lançar meu gozo no espaço (pobre dos incautos que estiverem transitando na hora);
9. Ser fluente em ao menos dois idiomas que não sejam portunhol ou língua do pê;
10. Cair de Amor e ser reerguido por ele.

http://www.interney.net/blogs/inagaki/2006/07/07/diga_dez_coisas_que_voce_precisa_fazer_a/

E você, o que quer fazer?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Facilite

Vou por ai encontrando você
nas placas dos carros embaçadas
pelos meus olhos que não brilham mais como antes.

Não há mais sentido,
O único é estar no meio do que importa
E o que importa agora
é a falta de lógica das madrugadas da minha cabeça.
Parada entre o sinal vermelho e o verde.

Faz 60 dias que as noites tomaram proporções assustadoras e apaixonantes
No meio das minhas ilusões aparecem frases em neon
e beijos imaginários.
Já é de manhã e vc precisa ir embora da minha máscara de dormir
Embora do meu (in)consciente,
do meu corpo.

Arranque de mim
O que eu finjo saber lidar
E me leve para seu peito
Ou me dê alguma droga
Que me faça esquecer
E, entorpecida, lembrar meu real vício.

Eu não posso sentir mais isso
Meu direito foi cassado
Com processos e promissórias
Com sangue e falta de vontade
E você não tem o direito de me fazer sangrar de novo.
Por favor, facilite.

Sonhos irrealizáveis - parafraseando André Toso

1. Ver Coltrane e Miles Davis num bar sujo e escuro em NY, terminar a noite bebendo whisky com eles e achando tudo isso normal.
2. Ser vocalista de uma banda, de preferência nos anos 60.
3. Co-dirigir Laranja Mecânica e ganhar o Oscar ao lado do Kubrick.
4. Poder falar pro meu primo não andar de moto naquele dia ensolarado de dezembro.
5. Usar ópio.
6. Poder olhar no olho de todos os caras que me perderam e falar: vc vai se arrepender tanto disso.
7. Rolling Stones abrindo pros Beatles.
8. Um dia na Factory com o Lou, Iggy, David, Patti e Andy Wahrol (pedir um quadro pra ele) e inspirar uma música de cada um.
9. Nunca perder as pessoas que eu amo. Nunca!
10. Entender o que as pessoas sentem só olhando pra elas.

domingo, 14 de setembro de 2008

Boneco assassino também em Sampa

Depois de postar sobre o boneco assassino em NY e ficar indagando o que seriam os personagens não caracterizados em Barcelona, descobri que também temos nossos personagens bizarros em SP. Estava eu na Avenida Paulista quando olho para a outra pista e me deparo com um carro de som de campanha eleitoral. No carro havia um guincho e algo atrás, quando vou reparar direito é nada mais nada menos que um boneco gigante da Dra. Havanir (aquela seguidora do Enéas). Juro, acho que foi bem mais assustador que o boneco assassino, fiquei imaginando aquela cabeça enorme gritanto: "- Meu nome é Havanir" e deu medo de verdade!

Me-do!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Pra não ficar longe de NY

Brinquedos assassinos invadem Nova Iorque
Publicação: quarta, 10 de setembro de 2008

Quem não gosta muito de terror e passou pelas ruas do Nova Iorque na última terça-feira levou um susto. Uma série de atores vestidos como o personagem Chucky, de Brinquedo Assassino, andava pela Times Square.

Os bonecos foram às ruas para uma ação de marketing promovida pela Fox para comemorar os 20 anos do lançamento do filme. Ainda, será lançado um DVD especial para a data. O longa foi dirigido por Tom Holland e está prestes a ser refilmado.

Fonte Guia da Semana

sábado, 6 de setembro de 2008

Playlist

1. Why do You Let me Stay Here - She & Him
(you make me feel like i'm just a child)

2. Queen of the World - Ida Maria
(i've got no plans in sight)

3. In The Sun - Michael Stipe (do REM)
(cause when you showed me myself, you know, i become somebody else)

4. I'm not Gonna Teach Him How to Dance With you - Kate Nash
Música original Black Kids. Ouçam as duas versões

5. Hanging on the Telephone - Blondie
(i can't control myself)

6. Intuition - Feist
Porque quando ela começa a cantar a vida parece mais justa

7. Malibu - Hole
(i'm gonna rescue you, i'm gonna set you free tonight)

8. Have you Ever been to Eletric Ladyland - Jimmi Hendrix
A música mais sexy desde Let's Get it On do Marvin Gaye

9. You're Gonna Lose That Girl - The Beatles
(if you don't take her out tonight)

10. How soon is now? - The Smiths
Hein?

11. Réu Confesso - Tim Maia
foi sem querer querendo

12. Blister in The Sun - Violent Femmes
(let me go on)

13. You Could Make the Four Walls Cry - The Zutons
(if i have a chance I'll wait to tell you how I feel)

14. You've Got Her in Your Pocket - Whitestripes
till when?

15. Lovecats - The Cure
(we move like caged tigers)
caged

Eu de-sis-to!!!

E não é que desistir é tão fácil quanto arriscar?

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Junto?

"Viver junto não é uma utopia mas um exílio da própria humanidade"

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Completamente apaixonada... pela Miranda July - parte 3

"Eu sabia quando ela estava perto porque começava a ficar difícil respirar. Toda a atmosfera do lugar mudava: seu cheiro se enrolava no meu rosto e tudo o que eu sabia era que ela estava ali e eu não podia parar de pensar que ela era uma adolescente. Mesmo que isso não fizesse sentido. O bar estava cheio de fumaça e homens, mas eu podia vê-la, atrás de alguém, fora do meu campo de visão, de jeans apertados e tênis, chicletes, orelhas furadas e algum tipo de tira prendendo o cabelo para trás. Uma fita ou algum tipo de tira de plástico. E orelhas furadas, isso eu já disse. OK. Era isso que eu via. Alguns podem dizer que uma garota assim não está preparada para um relacionamento com um homem, principalmente um homem de sessenta e muitos. Mas a esses eu digo: nós não sabemos nada. Não sabemos como curar um resfriado e nem o que os cães estão pensando. Fazemos coisas terríveis, fazemos guerras, matamos pessoas por ganância. Então, quem somos nós para dizer como amar? Eu não a forçaria, não precisaria disso. Ela me desejaria. Estaríamos apaixonados. O que é que vocês sabem? Vocês não ligam para nada. Falem comigo quando tiverem curado a aids, liguem pra mim então e aí eu vou ouvir."

domingo, 17 de agosto de 2008

Salvador Dali em NY

http://diversao.uol.com.br/videos/assistir.jhtm?media=metropolis--salvador-dali-no-museu-de-arte-moderna-de-ny-04023362DC810326

sábado, 16 de agosto de 2008

Lack of tenderness

NY Times sobre "Uma Garota Dividida em Dois":

"Both men corrupt Gabrielle in their pathetic fashion, but it is the larger world, with its cruelties, pettiness and lack of tenderness, that almost does her in. The weather outside, she learns, is frightening."

Gabrielle é uma menina bonita. Não só bonita, mas sexy, rápida e independente. Dessas que viram a vida de qualquer homem. E ela vira a cabeça de dois homens, pondo brilho na vida deles. Mas a questão é até que ponto o homens aguentam tanto brilho... e é ai quando a sua vida começa a virar um inferno.
Assistam e percebam como em determinado momento ela perde aquele brilho.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Blank generation

All Stars são o retrato de uma geração! Fiquei com essa frase na cabeça. Com isso, fui tentar entender de qual geração eu estava falando. Fui ao Wikipedia, descobri assim que os All Stars surgiram em 1917 mas só foram popularizados em 1923. Mas como assim? Eu não lembro de nenhuma foto do meu avô de All Star. Pensando bem, nem meu pai.

Sim, era só eu ler todo o post... eles viraram febre depois que os Ramones começaram a usar e depois foram comprados pela Nike. Mas calma... isso é muito pop. Isso é muito cultura pop. Mas usar All Star é como comer no Mac Donald's... Pô, Nike é o símbolo da cultura capitalista. Not good.

Enfim... meu questionamento é maior. O All Star não fica bem em qualquer um. Não gosto muito de ver tiozinhos de 50 anos de All Star, muito menos pessoas sem estilo. Daquelas que usam jaqueta da Nike vermelha, calça jeans e All Star.

E nada pior que tiazinha de All Star, daquelas que usam calça e jaqueta de moleton. Tudo isso acompanhado por uma bolsa de oncinha. Não, não dá.

As pessoas autorizadas a usarem All Star deveriam viver numa propaganda de refrigerante. Cheio de pessoas rindo e divertindo. No fundo, eles usaram drogas pra estarem tão felizes. Também penso em punks com calças de couro e argolas. A la Ramones mesmo. E isso pq eles eram mais limpinhos. Não consigo imaginar os Sex Pistols de All Star. Posso estar errada, mas nem ligo (atitude punk).

No meu anúncio de refrigerante eles mascam chiclete, usam calças justas, sorriem muito e trazem aquele brilho no olhar que só pessoas de 15 a 25 anos têm. Esse brilho que eu acho que perdi, mesmo tendo 24. As meninas usam presilhas coloridas no cabelo. Seus cabelos brilham muito e sua pele tem aquela elasticidade que tanto destroe corações. Mãos e braços felizes, todos se encontrando como se não tivessem compromisso... três balões sobrevoam a cena... as cores azul e amarelo estão em maioria e a menina de All Star de oncinha pula atrás dos balões. Como se só aquilo importasse. Como se nada mais fizesse sentido. No fundo toca This time tomorrow do Kinks.

Engraçado mesmo é tocar Blank generation enquanto eu escrevo tudo isso.


Pra matar a curiosidade:*

All-Star é um modelo de tênis fabricado pela marca Converse.
Surgiu em meados de 1917, porem sua popularização só ocorreu alguns anos depois, quando em 1923, foi criado o modelo All Star Chuck Taylor. Ele surgiu de uma parceria com o jogador de basquete estado-unidense Chuck Taylor.
Inicialmente, este tênis foi desenhado para a prática do basquete, uma vez que não existiam calçados especializados na época para a prática deste esporte.
Posteriormente o calçado, começou a ser difundido por bandas como The Ramones, banda de punk rock do fim dos anos 70 e por artistas pop e pela mídia televisiva em meados da década de 80.
Com o passar do tempo, o modelo foi se popularizando, já que é considerado um modelo singelo, barato e de bom gosto. A empresa Converse foi comprada pela Nike em 2003.
O modelo All Star Chuck Taylor é vendido em 144 países.
No Brasil, somente a empresa Coopershoes, de Picada Café (RS), produz calçados com as marcas Converse e All Star.
Existem diversas empresas que produzem a marca All Star, a empresa Coopershoes apenas tem exclusividade em produzir a marca Converse.
* by wikipedia

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Conclusão


Alguém que começa no mundo do cinema com "O Homem elefante" e termina falando de meditação não pode ser normal.
É, minha gente, depois de assistir Cidade dos Sonhos, Impérios dos Sentidos, Blue Velvet e o Homem Elefante a minha conclusão é que o Lynch é sim genial, pena que eu não entendo.
Enfim... os quatro filmes valem a pena, mas quando o moço é linear ele é bem melhor. Homem Elefante com Anthony Hopkins é incrível. Não quero mais ver outro filme. Nunca mais.

Fazia tempo que eu não via um filme que retratava tão bem as classes sociais, acho que desde "Tudo Bem" do Jabour. Ficam os dois de dica.

"Minha vida é plena porque eu sei que sou amado".

sábado, 9 de agosto de 2008

you know what happens after dark - part 2

O seu (des)amor me deixou mais uma noite sem dormir. Tudo no meio da angústia solitária envolta pelo edredon que dançava no meu corpo pra lá e pra cá e não aguentava mais ser expulso e reconquistado. Assim como vc faz comigo.
A parte ruim da noite foi quando eu cochilei e tive aquele sonho recorrente, o sonho que vc está ao meu lado. Parece tão real que às vezes eu acredito e fico com vergonha do seu jeito de me olhar. Mas depois passa.
Após o cochilo foi a hora de repetir a minha dose de adolescência rebelde e, num ataque de solidariedade à minha insônia, gratificar-me com mais uma dose de whisky e dois cigarros. Essa é a minha cota de insônia. E sempre funciona. Quer dizer, hoje pode não funcionar. Porque justamente hoje eu resolvi assistir filmes como forma de consolo novamente. Foram três: A Caçada, O Escafandro e a borboleta e 4 meses, 3 semanas e 2 dias. A solução pro sono não veio definitivamente dos filmes.
Ainda na luta com o edredon sou levada pela imaginação e lembro do sonho da noite anterior. Nele a gente combinava. Tudo acontecia naturalmente e em um segundo percebíamos como a nossa pele tinha nascido para aquilo. Como se não tivesse nenhum outro objetivo pra ela, só ficar lá. Perto. No sonho você tentava me conquistar o tempo todo, quase como na realidade, mas parecia que vc não precisava falar, eu percebia tudo pelo jeito que vc me olhava. Tínhamos tempo, vontade, estimulantes. E você ficava lá.
A outra forma de acabar com a insônia foi ligando a tv. MTV Lab. Que raiva. Eu realmente acho que vc arrumou um emprego na MTV e não quis me contar. Cure, Velvet, Sex Pistols, Tom Waits, David Bowie, Joy Division e pra fechar o programa Just Like Honey. Irônico, não? Vc prometeu ser meu plastic toy. Fiquei com vontade que vc também estivesse com insônia na sua casa. A associação seria natural.
Enquanto o álcool invadia meus poros e meus sentidos e eu chegava a conclusão que uma dose não seria o suficiente encontrei uma frase sua refletida na parede do meu quarto, nela vc citava um bolero "what a difference a day makes". E uma noite, quanta diferença será que faz?
Essa noite não fez muita diferença, o quarto gira enquanto eu realmente espero que vc não apareça no meu sonho e mais uma vez o que importa é se amanhã vc vai estar com a camiseta dos Ramones ou não.

ela de novo

- Você reparou no meu novo visual?
- Seu corte de cabelo?
- É mais que isso.
- É interno?
- É, e também comprei sapatos novos.
- Ah.

miranda july.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Um verão para a vida toda

- Ela parecia um carro sem motorista.

domingo, 27 de julho de 2008

Conversa de amigas

- Mas e aí, ele manda bem?
- Manda.
- Mas ele é incrível?
- Olha, acho que essa é a única hora que ele realmente pensa, sabia?

You know what happens after dark?

Promisses

Rabos de cavalo e brigas de travesseiros entorpecidos por algo sem explicação. Claro, com David Bowie no fundo e a camiseta 'i love new york'
Um pug chamado Lancelot.
Terminar uma relação estável pra ficar com alguém não estável, esquecer...
Sentir medo de novo, ciúmes de novo, saudade como nunca
E no sofá daquele nosso metro quadrado mais caro do mundo, descobrir que o que vale mesmo não custa nada.

Trechos

- Easy come, easy go.
- E quem diz que tem que ser fácil?

Top 1 dos companheiros de viagens, dos ipods, dos fds inesquecíveis, dos porres e do que mesmo?
-Calma, to absorvendo.

- Pop art, cinema pop, música pop.
- Acho que somos fruto da geração pop.
- Mas vc nem é da minha geração.
- Sou de qual geração? Da mesozoica?

Certezas

- Free as a bird, doente numa cama? Mas como? Não passa?
- Calma.. vai passar.

- Não sentia isso há muito tempo. Pelo menos há 10 anos.
- Há dez anos eu estava dando meu primeiro beijo.
- Sorte a dele.

Cabelos de rapunzel e barbas com fios brancos
Sorrisos confidentes no meio de todo mundo, sem todo mundo perceber

- what difference does it make?
- what a difference a day makes.

Citações

"Não sou tão bobo normalmente."

"Acho que tem cabimento você me chamar de qualquer coisa"

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Campanha contra o CSS

Olha só... Palavras de Lúcia Ribeiro. É sério.
Assinem: http://www.territorioeldorado.limao.com.br/especiais/especial_CSS.shtm

* CAMPANHA CONTRA CSS - A Rádio Eldorado está fazendo um abaixo- assinado muito sério para que, caso a CSS passe na Câmara e no Senado, a rádio possa entrar com uma representação para impedir que a CSS entre em vigor. O abaixo-assinado está começando e já tem mais de 50.000 assinaturas. Só que, para realmente ter peso, esse abaixo assinado precisa ter milhões de assinaturas. Nós,
da sociedade civil, sozinhos não podemos fazer muito para barrar esse assalto de CSS, mas a imprensa tem força para isso... E precisa de apoio popular.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Da série: pq os americanos são melhores



Americano pousa em Idaho após voar durante 9 horas sustentado por balões

O balonista norte-americano Ken Couch, de 48 anos, pousou em Idaho na noite de domingo (6) depois de ter voado 378 quilômetros, durante 9 horas, sustentado por mais de 150 balões de gás hélio.

Ao pousar em segurança, ele foi recebido por moradores locais, que o parabenizaram e até lhe deram abraços. Em agradecimento, ele distribuiu alguns dos balões que o ajudaram na travessia às crianças da região.

Couch havia decolado no sábado do Oregon, na sua terceira tentativa de voar até Idaho. Ele se despediu de sua mulher e filhos e seu cão de estimação antes que sua equipe de terra lhe desse o empurrão para que ele pudesse levantar vôo.

Ele estava equipado com um aparelho de GPS, um altímetro e um telefone via satélite. Para se alimentar, Couch carregava alguns ovos cozidos, carne seca e chocolates.


Couch é dono de um posto de gasolina. Essa era sua terceira tentativa de voar amarrado a balões. Em 2006, Couth teve que saltar de pára-quedas depois de que vários balões furaram em pleno vôo. No ano passado, Couth chegou a voar 193 milhas (cerca de 310 quilômetros) até o nordeste do Oregon – um pouco antes da sua meta.


Couch praticava pára-quedismo e estima que o custo da sua aventura é de US$ 6 mil. O mais caro, segundo ele, é o preço do gás hélio que enche os balões. A maior parte dos custos foi coberta pelos patrocinadores.

domingo, 22 de junho de 2008

Excentricidades de um mundo banal



* Da agência Estado

Uma professora que ensina três idosos a nadar em uma minúscula cidade que não tem piscina. A moça que compartilha um quintal com um casal triste e estranho. Outra que sonha ter uma aventura sexual com William, filho mais velho do príncipe Charles e Diana. Os personagens de Miranda July vivem uma alegria peculiar, em meio à bizarrice e à sensação de desterro. São tão comuns que se tornam originais, como comprovam os contos de É Claro Que Você Sabe do Que Estou Falando, lançado agora pela Agir.

Publicados originalmente em revistas literárias como The Paris Review, Harper’s, Zoetrope e The New Yorker, os contos se unem por uma mesma linha imaginária, ou seja, são ambientados em cidades pacatas cuja tranqüilidade aparentemente contamina seus habitantes. Mas só na superfície – a carência mais íntima, os pequenos gestos de felicidade, os desejos insólitos individualizam cada morador.

Nas mãos de Miranda, as palavras têm o dom de mobilizar. Ela é mais conhecida pelo único filme, Eu, Você e Todos Nós, disponível em DVD. Assim como seus escritos, o trabalho dela no cinema é sobre sujeito, objeto e o olhar – caminho semelhante ao dos contos. “Na verdade, eu trabalhei no roteiro do longa ao mesmo tempo em que escrevia o livro”, contou Miranda, em entrevista realizada por telefone, de Nova Iorque. “Daí a proximidade de temas.”

Aos 34 anos, Miranda é uma mulher inquieta. Artista performática, criou curtas-metragens misteriosos, muitas vezes surrealistas. Também expôs trabalhos em duas Bienais Whitney e em galerias e museus, como o Museu de Arte Moderna e o Guggenheim. O passo seguinte foi o longa-metragem, com o qual faturou prêmios nos festivais de Cannes (ganhou o Caméra D’Or), Sundance (escolhido melhor pelo júri), Los Angeles, San Francisco, Filadélfia e Newport.

Os críticos, aliás, criaram um verdadeiro dicionário de adjetivos para seu trabalho, como doce, tocante, original, motivador, poético, chocante e muitos outros que não fogem da realidade. Situado no meio de uma moderna e mundana cidade americana, onde todos os dias jovens e velhos lutam para se conectar uns com os outros em um contexto cada vez mais dissociado da cultura digital, Eu, Você e Todos Nós segue a tradição de filmes como Magnólia, Crash e Short Cuts – histórias sobre almas perdidas e solitárias, cujas trajetórias se entrecruzam sem que se dêem conta disso. Filha de dois escritores de literatura new age, ela se chama, de fato, Miranda Jennifer Grossinger – ela tirou o sobrenome July de uma revista para meninas, que ela criou com uma amiga de escola.

Miranda, aliás, foi uma jovem rebelde a seu modo – enquanto os colegas lutavam contra algo pela simples condição de oposição, ela se convenceu de que deveria se transformar em escritora. Assim, aos 16 anos, Miranda escreveu sobre a correspondência que trocou com um assassino encarcerado. Insatisfeita com a escola, escapuliu 18 meses depois, aproveitando o momento certo: enquanto os pais viajavam. Eles, aliás, foram informados da fuga de forma original: encarregado de buscar os pais no aeroporto, o irmão de Miranda acionou uma fita cassete tão logo papai e mamãe se acomodaram no carro, que começava com a clássica frase: “Quando vocês ouvirem esta gravação, estarei...”

Hoje, Miranda dá os retoques finais no roteiro de Satisfaction, filme previsto para estrear no próximo ano e que vai contar o dilema de um jovem casal, que entra em crise quando um decide embarcar em uma missão ecológica. Mais um tema cotidiano que deverá ganhar dimensão humana.

Você escreveu algumas dessas histórias antes de o filme ser lançado?

Sim, foram escritas, ao menos a metade, enquanto criava o roteiro de Eu, Você e Todos Nós. Por isso alguns contos se parecem com o filme, o que não é surpresa já que todos foram criados no mesmo ninho. Os textos maiores foram escritos depois.

Como você sabe que tal idéia é melhor para o cinema ou para publicar em livro?

Percebo no momento do trabalho. Agora, por exemplo, estou terminando um roteiro cuja idéia surgiu para um conto. Mas, como não funcionou, pensei em transformá-la em uma performance. Como também não deu certo, percebi que renderia um roteiro interessante.

Enquanto escrever um livro é uma atividade solitária, realizar um filme envolve uma equipe grande. Você tem preferência por uma ou outra atividade?


Prefiro a que não estou praticando no momento (risos). Ou seja, agora, em que escrevo um roteiro, acho maravilhoso criar contos – é que estou no complicado momento em que tenho de definir os atores para cada papel. Mas, não posso ser tão injusta assim, pois considero o cinema uma atividade maravilhosa, é o mesmo que montar uma colcha de retalhos.

No livro de contos, há muita sensualidade e até muita sexualidade.

Bem, boa parte das situações envolvendo sexo é inventada. Na verdade, não me preocupei muito em ser racional ao escrever sobre isso, caso contrário o resultado seria completamente diferente. Confesso que não me sinto à vontade conversando sobre isso em público: quando precisei participar de leituras para leitores, minha vontade era pular as frases que contêm palavras como “sêmen”.

A morte também parece um assunto recorrente. Por quê?

É algo espiritual. Tento falar de coisas que não entendo, ou que são ininteligíveis. Sempre me interessei pelas diferentes formas com que se pode dimensionar o universo a partir de coisas pequenas. Posso dizer que meus personagens formam um grupo espiritual em seus caminhos terrenos. Eles tomam uma espécie de saltos de fé o tempo todo.

Humor combina com solidão?

Sim. Quando estou sozinha, escrevendo, sei como me divertir, como dar gargalhadas. A solidão me inspira também. Às vezes, quando tenho uma sensação triste, busco amarrá-la com algum detalhe do mundo que, naquele instante, capta a minha atenção e, pronto! Tenho uma história encaminhada.

* * * * * *

Serviço:

É Claro Que Você Sabe do Que Estou Falando, de Miranda July. Agir, 192 págs., R$ 35.

Enquanto isso...


Back Home

É fato. Aos poucos o blog tem ficado com menos assunto, mais sozinho, mais distante. Essa é a distância que me separa de New York. Agora que já faz dois meses que eu voltei, NY vai parecendo cada vez mais como um sonho, algo que nunca existiu, mas que ao mesmo tempo faz tanto parte da minha vida. No começo foi mais difícil me desvinciliar, minha cabeça pensava em inglês, meu dinheiro agia em dólar, minhas luzes brilhavam na Times, mas aos poucos vc se acostuma com o fato de morar longe de lá. Mas como diz um amigo, nada que 9 horas não resolva.
O fato da tristeza sobre NY é pensar que SP tinha tudo pra ser igual... mas os impostos não deixam, a pobreza não deixa, a corrupção não deixa. Então eu continuo vivendo aqui (por tempo limitado), com medo de abrir a janela do carro, medo de andar sozinha a pé, medo de checar minha conta do cartão de crédito, medo do meu holerite, mas no final...
É bom estar em casa.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Poem

E quando ela aprendeu a sobreviver sozinha
Tudo continuava igual

O cataclisma inicial
de sentir medo e frio
foi desaparecendo
e a vida se encarregou de se facilitar,
na maior parte do tempo.

As três calças jeans,
que insistiam em se revesar.
foram suas melhores amigas.

Os pequenos prazeres a acompanharam também.
E ela percebeu que
A felicidade muitas vezes
vinha da ausência,
tão bela,
de sentimentos e sentidos.

Por fim, ficou claro que algumas coisas não precisam ter sentido.
São belas por si só.

domingo, 4 de maio de 2008

New York I Love You

Dizem as más linguas que em breve teremos a versão de "Paris Je t'aime", mas dessa vez para os amantes de NY. "New York I Love You" não tem data de estréia, e ainda está sendo filmado. Há algumas semanas viram a Natalie Portman filmando na Brooklyn Bridge e dizem que Scarlett Johansson irá pra trás das telinhas como diretora em uma das histórias.

Epíco


Como não podia de ser, a burocracia tem que ser um assunto do blog sim. Começaremos com a burocracia para se tirar o passaporte e logo iremos ao visto.

1° Passo: http://www.dpf.gov.br
Página da Polícia Federal. Entrar em requerer (palavra feia) emissão de passaporte, selecione sua cidade e estado.
2° Passo:
* Verifique a documentação necessária.
(Documento de Identidade, para maiores de 12 anos;
Carteira de Identidade Civil (RG) e Certidão de Casamento;
Título de Eleitor e comprovantes de que votou na última eleição (dos dois turnos, se houve).
Documento que comprove quitação com o serviço militar obrigatório, para os requerentes do sexo masculino
Certificado de Naturalização, para os Naturalizados;
Comprovante de pagamento da taxa em REAIS, por meio da guia GRU (Guia de Recolhimento da União)
Apresentar o Passaporte anterior, quando houver (válido ou não). A não apresentação deste, por qualquer motivo, implica em pagamento da taxa em dobro;

3° Passo: Arrumar os R$156 reais da tal GRU. Pronto. Seguir os passos anteriores. Ir ao dia marcado, esperar, tirar uma foto e buscar o passaporte depois de uma semana (pagando assim mais R$15 de estacionamento)

4° Passo: http://www.visto-eua.com.br/agendamento-web/index.jsp?locale=pt_BR (Parte do quarto passo é entender esse site). Ir em informações e agendamento.

Ps do site: Para acessar o nosso serviço e agendar a sua entrevista você precisa primeiramente pagar a taxa de informações e agendamento de vistos de R$38. Esta taxa viabiliza o acesso a todas as informações, tanto via tele-atendimento quanto via web site.

5° Passo: PRENCHER O MAIOR QUESTIONÁRIO DO MUNDO, INCLUINDO PERGUNTAS COMO: você pretende sequestrar alguém em solo americano?

6° Passo: Arrumar dinheiro para pagar a taxa Citibank (que eu nunca entendi pra que serve. Agora são U$100 pagos lá.

7° Passo: Marcar o horário (para turistas o mínimo é de três meses de espera).

8° Passo: Ir no tal dia. Pegar a primeira fila para verem se seu nome está na lista, pegar a segunda fila para pagar a taxa Citibank, pegar a terceira fila (agora pelo menos é uma fila em um banco, sentados) para checarem seus documentos. Senta, espera, espera, espera, espera. Espera uma hora, no mínimo. Agora vc está apto a tirar suas impressões digitais. Senta, espera, espera, espera. Entrevista. A entrevista depende do bom humor do atendente. Essa eu não garanto nada e não me responsabilizo pelas informações anteriores.

9° Passo: Se vc passar na entrevista, vc paga R$20 reais de sedex, pois eles te fazem o favor de mandar o passaporte pra sua casa. Senão vc volta pra casa.

Ou seja: 156 + 38 + 175 + 10 (fotos) + 15x2 (estacionamento polícia federal) + 30 (Estacionamento consulado americano) + R$20 (taxa do sedex) = R$459

quinta-feira, 1 de maio de 2008

quarta-feira, 23 de abril de 2008

weird!

estranho mesmo é ver um filme do woody allen que ele se declara à cidade, aos taxis amarelos, às fumaças no chão e saber que tudo continua lá. inclusive ele.

sábado, 19 de abril de 2008

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Antwork


Gerou muita curiosidade minha fazenda de formigas, então vou postar uma foto para vocês entenderem como a coisa mais absurda do mundo, virou a mais legal também. E depois disso eu acredito que os americanos são os mais legais ever!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Estatísticas

Dólares gastos em muamba para os amigos: mais de U$815 (ISSO PQ NÃO DEU PRA COMPRAR O QUE TODO MUNDO PEDIU, incluindo dois laptops)
Quantas vezes ouvi 'Você pode me trazer um ipod>': 5
Investimentos com o Woody Allen: U$150 (1a noite) U$10 dvd de Manhattan, 2a noite free
Dólares gastos com sorvete Haagen Dazs: 10 x U$6 (2 potes por semana)
Dias de aula: 19
Dias que eu cheguei atrasada na aula: 8
Dias de trabalho: 24
Investimentos em cigarro: U$7 (1 maço só)
Investimentos em cerveja: Zero (todas ganhas)
Investimentos em whisky (idem)
Investimentos em vinho U$28
Investimentos em perfume: U$390
Investimentos em hidrantante: U$130
Investimento na fazenda de formigas: U$30
Quantidade de formigas: 24, uma veio morta
Livros comprados: Perdi a conta de verdade
Investimento em shows: U$170
Vezes que eu cozinhei: 3 (macaroni and cheese pronto)
Romances (consumados ou não): 3
Romances que vão pra frente: Zero
Vezes que eu dei um sorriso interminável e me senti explodindo de alegria: 7
Vezes que eu estava tão feliz que dancei na rua: 2
Pessoas incríveis que eu conheci: 20
Amigos reencontrados: 8
Primos que eu não conhecia: 3
Bandas mais ouvidas: The Beatles, Foo Fighters, Woody Allen Jazz Band, The Pigeon Detectives, Cat Power, Stereophonics, Wilco, Rolling Stones, Velvet Underground, Miles & Coltrane, Jesus and Mary Chain, Interpol, The Fratellis.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Romantismo barato

Parece que só em filmes que na última hora o mocinho sai correndo atrás da mocinha no aeroporto e pede para ela ficar.
Normalmente as pessoas acham o aeroporto longe...
...E a causa não tão boa.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

JK

"... gosto de muitas coisas ao mesmo tempo, e me confundo inteiro e fico todo enrolado correndo de um destino falido para outro, até desistir. Assim é a noite, é isso o que ela faz com você; eu não tinha nada a oferecer a ninguém, a não ser minha própria confusão". (Jack Kerouac, On the road)

sábado, 5 de abril de 2008

Da série: não-faça-isso-em-casa-e-tira-a-foto-rápido-antes-que-ela-perceba





















As pessoas se vestem estranho aqui. E eu podia ter apanhado por ter tirado essa foto.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

15 de março


Voltandoo tempo a dia 15 de março
2h da tarde de sábado, estou dormindo quando começo a ouvir sirenes. Sem problemas, moro na frente de um posto de bombeiros, logo penso. Mas as sirenes não param, de forma alguma, nada a faz parar. Resolvo sair da cama (leia sofá) e tentar descobrir o que está acontecendo.
2h30 o barulho não parou. Nada na CNN, nada no Channel 1, nada na internet. Começo a ficar preocupada.
A primeira coisa que todo mundo pensa ao ouvir sirenes em NY é em terrorismo. E eu confesso que também pensei.
3h da tarde aparece a primeira notícia... a craine collapsed and might killed some people.
Craine... o que é craine> Dicionário... máquina grande de construção... ok.. guindaste talvez... Um guindaste bateu e talvez pessoas morreram. entrando na matéria, esse suposto guindaste tinha collapsed em um prédio. Mais pra frente, caido de um prédio.
Mas calma... como um guindaste cai de um prédio. Pois aconteceu. E depois fui descobrir que era do lado da minha casa. Ok. No big deal.


Leia mais sobre:
http://www.ny1.com/ny1/content/index.jsp?stid=1&aid=79456

Medo

O reflexo do 11 de setembro é tão evidente aqui. No meu primeiro dia de emprego, minha chefe pediu pra eu imprimir os números da segurança, dos bombeiros e do ambulatório. Além de me levar em uma tour pelas escadas de incêndio.
Mas o que mais me assusta são os constates treinamentos de incêndio. Eu sempre quase acredito que é verdade.
Dá medo.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Resumo

Completo dois meses hoje em terras novaiorquinas. E preciso sim fazer uma balanço de tudo o que aconteceu aqui para entender esse lugar fantástico.
Muita gente diz que não tem vontade de ficar nos EUA, principalmente intelectualóides metidos à esquerda. Mas a questão é que a qualidade de vida nesse país é incrível e New York é simplesmente o lugar mais fantástico que eu conheço. Isso pq, como eu já disse antes, aqui as pessoas têm a cabeça mais aberta, acho que justamente pela influência dos estrangeiros. Não tem como ignorá-los. Eles estão trabalhando em todos os lugares, estão no meio da rua, com ou sem máquinas fotográficas na mão.
Estou pensando em uma nova seção para o blog. Fotografar as pessoas fotografando New York. Se vc for pra um lugar muito turístico a chance de fotografar pessoas com máquinas é 8 em 10 e em lugares não turísticos, 3 em 10 (dados estimados).
Vou começar a prestar mais atenção e trazê-los para o blog.
Voltando ao balanço. Nesse tempo, eu estudei um mês, tive férias de uma semana e estou trabalhando há três semanas.
Como já disse anteriormente cheguei num sábado à noite e já no domingo vivenciei meu primeiro dia turista, o primeiro lugar em que 8 das 10 pessoas tinham máquina fotográfica, as outras duas estavam só acompanhando.
Segunda-feira minhas aulas já começaram. Como eu só estudava até às 12h50, eu tinha o dia inteiro pra aproveitar. O que matava era o sono e o frio... Esses dois combinados me fizeram aproveitar muito o aquecedor central do prédio.
Outra coisa que dificultou no começo é que eu tinha muita homework. Mas eu aproveitei muito, fiz muitas coisas turísticas, conheci muito bem o pessoal da escola (que é um capitulo a parte de tão divertido), aproveitei muito meus roomates, revi pessoas especiais que apareceram por aqui e conheci pessoas extremantente especiais.
Assisti nesse tempo o show da Cat Power, o primeiro show do Woody Allen, Matchbox 20 e Foo Fighters.

Parte 2
No meio de fevereiro, fiz um amigo essencial que me seguiu até o final de março. Ai começou uma outra etapa da minha viagem.
Foi quando eu estava ficando deprimida por ter que voltar e, por ajuda dele, não precisei. Arrumei um estágio de um mês em NY.
A vida de um trabalhador em NY é muito diferente a de um estudante e muuuuuito diferente de um turista. Fazer parte da engrenagem me deu medo no começo, mas depois fui acostumando.
Esse novo mês de brinde que eu ganhei aqui me fez começar a sentir falta de casa e a perceber aspectos brilhantes de NY, por exemplo, a questão do consumismo, a questão da alta quantidade de calorias, a questão das novas tecnologias.
Coisas como um celular por U$15 dólares me fizeram pensar muito.. Acho que esse preço, não paga nem a capinha da frente de um telefone.
Outra coisa que eu não entendo... as farmácias que vendem tudo. As bancas de jornal que são quiosques e vendem chocolate, bebida, boné, luva.

Brasil
Repensei muito o Brasil nesse tempo e só fiquei triste... Triste pela falta de atenção que eu percebo lá.. atenção para tudo que está acontecendo naquele país. Contando pras amigos estrangeiros como é normal ser sequestrado no Brasil, eu percebi que não devia ser normal... que essa realidade não tem nexo. Que a falta de hospitais, de educação, de tudo... não combina com o país. E não tem pq.

Guerra
Ah, essa eu não entendi ainda. Por mais que eu leia, assita na televisão, veja filmes. Essa realmente não tem sentido. De dica pra quem quiser ver o guerra em real player, pela visão dos americanos, o filme Stop Loss. Não levem ele a sério, mas dá para entender alguns aspectos.

Enfim... bem resumido é isso... vou contando o resto pouco a pouco, como costumo fazer.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Hot dog!




















Eu só não entendo porque as pessoas falam tanto do hot dog americano. É ruim! Pra começar não tem recheio. É simplesmente o pão e a salsicha, e se você tiver sorte e quiser pagar mais, no máximo um molho de tomate. E pra terminar, é caro. Não existe o que tem no Brasil, essa possibilidade de comer um hot dog de R$1 a R$10. Aqui o preço é meio padrão, mudando só em casas de show e portas de museus.
U$ 2 é o que se paga pelo sem hot dog sem graça nos lugares comuns. U$4 nos lugares chiques. Ás vezes eles podem te salvar, mas eu aconselharia evitar.

sábado, 29 de março de 2008

can you?

- i know that you dont care about stuff.
- yeah, i only care about people.
- yeah, but the thing is you can´t keep people. can you?

terça-feira, 25 de março de 2008

Gold?

Ontem eu estava andando pela rua e tinha um mendigo sentado no chão... Olhei pra ele, e depois olhei pra baixo.. Voltei meu olhar pra ele e ele me disse: hello, lonely girl.
E sabe o que é o pior? Eu estava com dois amigos.

Seria o Joe Gold?

quinta-feira, 20 de março de 2008

New York - versão Stereophonics

Eles realmente quiseram dizer isso ou eu que estou com NY na cabeça?

Did we lose ourselves again?
Do we take in what's been said?
Do we take the time to be
All the things we said we'd be
And we bury heads in sand
But my future's in my hands
It means nothing
It means nothing

You can find yourself a God
Believe in which one you want
'Cos they love you all the same
They just go by different names
When we fly our flag today
Are you proud or just ashamed?
It means nothing
It means nothing

It means nothing
If I haven't got you

And the sun sets in the sky
You're the apple of my eye
If the bomb goes off again
In my brain or on the train
I hope that I'm with you
'Cos I wouldn't know what to do

It means nothing
If I haven't got you

Da série: americanos

Frase do Ezaat, meu novo amigo libanês que trabalha comigo:

"You know what they say, arab here is the new black"

quarta-feira, 19 de março de 2008

Invasão do Iraque - cinco anos: país carece de trabalho, esperança e futuro


19/03/2008 - 00h06
Ángeles Espinosa
Do El País
Enviada especial a Bagdá

A vida de Hazim al M. desmoronou com seu país. Esse iraquiano empreendedor, que há cinco anos via finalmente decolar seu pequeno comércio de sanitários, agora passa as manhãs sentado em um café de Hay al Darag, com o olhar perdido e o chá esfriando sobre a mesa. "Não vou ficar em casa como uma mulher", justifica. A impossibilidade de ganhar remuneração suficiente para manter sua esposa e seu filho é a última das humilhações em uma sociedade ainda profundamente patriarcal. Pelo menos 60% da população ativa se encontram desempregados. Mesmo com as recentes melhoras na segurança, a destruição do tecido social deixou os iraquianos desamparados.

"Inclusive depois da invasão eu consegui alguns contratos para instalar banheiros em clínicas aqui em Bagdá e em Diyala, mas logo depois chegaram as coações", afirma com amargura. Mas foi o atentado contra a mesquita de Samarra em 2006 que acabou de enterrar suas esperanças. "A vida parou", lembra. "Tive de fechar a loja em Al Kifah por medo de ser seqüestrado. Vários vizinhos me advertiram que o Exército do Mahdi tinha levado outro comerciante e só o libertou depois que sua família pagou US$ 80 mil. Não fui o único. Três foram para o norte e outro para o Egito."

Union

“We the people, in order to form a more perfect union.”

sexta-feira, 14 de março de 2008

Ficção

Ato 1
Frustrada com a vida, resolveu ir `a farmácia. Tinha jurado que não compraria nenhuma roupa então decidiu gastar seus anseios entre os remédios. Como se aquilo fosse curar seu coração.
Parou na seção de tintas de cabelo, pensou como seria mudar a cor e virar outra pessoa. Como o super-homem, talvez outro cabelo a desse outra identidade. Comprou a mais vermelha que tinha na loja. Andando na farmácia, ficou imaginando como seria sua personalidade nova.
A partir de agora frequentaria os lugares que sempre teve medo de entrar, seria uma ativista pela causa das baleias, iria conhecer o mundo inteiro, começando pela Europa do Leste, leria todos os livros que parou da metade, reaprenderia a tocar piano, pintaria as unhas de vermelho, faria uma tatuagem, se declararia ao seu amor secreto.
Abriu um sorriso. Uma chance estava por vir. Diversas chances, um mundo de possibilidade. Ah, como a vida é linda, em um segundo posso estar em Paris rindo de tudo de ruim que passou. Os sorrisos não cessavam mais.
Foi ao caixa, falou um boa tarde ao atendente que nem deu bola pra ela. 12,99 que mudariam sua vida. Passou o cartão uma vez, duas, três. Não é possível. O que está acontecendo?
- Desculpe, madame, seu cartão não foi aprovado.

Ato 2
Olharam-se como se entendessem há séculos, ela já sabia o que ele gostava, como ele era, o que ele esperava. Ele tinha medo dela, medo porque ela o conhecia como ninguém e ele não sabia como.
No meio de um monte de gente, o olhar secreto deles bastava.
Tomaram a decisão. Ele dizia a ela que ela tinha uma forma diferente de se posicionar no mundo, ela ria de tudo aquilo. Achava ele complicado demais.
O peso veio depois do primeiro beijo, dentro daquele carro preto. Não estava previsto ser tão perfeito. Não parecia justo estar feliz daquela forma sem poder.
Ele pensou em desistir, ela riu. Disse que ele não sabia mais como sair. Ele sabia que era verdade.
Entre o vidro embassado e a canção que acidentalmente ficou no repeat, tudo parecia bastar. Bastava a confusão de respirações, de histórias, de anseios.
Logo eles descobriram que não bastava, que teriam que decidir. Mudar ou não de vida?
O problema é que ela tinha uma meta, queria quebrar o coração de alguém. Jurou que faria com o primeiro que aparecesse.
E ele só queria que ninguém mais quebrasse o dele.


Ato 3
Tinham muitos problemas para dormir juntos.
Ela falava dormindo sobre outro homem. Um dia ele acordou bravo no meio da noite e veio tirar satisfação. Ela disse que não era sua culpa, que sequer conhecia o personagem de suas falas. Ele esqueceu por aquela noite.
Pierre era o nome do personagem. Ele começou a se irritar, porque toda noite Pierre aparecia. Pierre era realmente o homem dos sonhos de toda mulher. Toda noite ela falava: Ah, Pierre, flores de novo! Ah, não acredito, vc imaginou o que eu estava pensando. De novo, Pierre?
Ele começou a repetir o que ela ansiava ao Pierre, todos os dias ele repetia os atos do amante imaginário.
O relacionamento dos dois estava as mil maravilhas, nunca foram tão felizes.
Enquanto isso ela resolveu tratar seu problema, já que era o ponto que ela achava que continuava incomodando seu amado. Foi ao médico, ao pai de santo, a curandeira.
Parou de falar dormindo. Se separaram três meses depois.

quarta-feira, 12 de março de 2008

nowhere else in the world I'd rather be

The sun is up
I'm so happy I could scream!
And there's nowhere else in the world I'd rather be
Into this
It's perfect
It's all I ever wanted
I almost can't believe that it's for real

I really don't think it gets any better than this
Vanilla smile
And a gorgeous strawberry kiss!
Birds sing we swing
Clouds drift by and everything is like a dream
It's everything I wished

Never guessed it got this good
Wondered if it ever would
Really didn't think it could
Do it again?
I know we should!!!

segunda-feira, 10 de março de 2008

RINGO STARR - Liverpool


Texto escrito por André Toso e com participacão minha. Publicado na revista Bateria & Percussão. Meu parágrafo é o último. e eu escrevi antes de ter visto o Dakota Building.

Sempre que um ex-Beatle lança um trabalho-solo, as expectativas são enormes e a cobertura da imprensa especializada é massiva. E isso acontece mesmo quando se trata do integrante menos badalado da banda inglesa. Ringo Starr sempre foi considerado uma espécie de patinho feio dos Fab Four. O rapaz que fica atrás da bateria, faz o arroz com feijão e não tem nenhuma característica genial. Tudo besteira. Ringo foi ótimo baterista e ajudou muito a desenvolver o instrumento.

O problema é tentar comparar sua obra solo com a de Paul McCartney. Aí é covardia mesmo. O último álbum de Paul, Memory Almost Full, prova que Ringo vai ter que comer muita poeira para chegar aos pés do companheiro. Por essas e outras, em Liverpool 8 nenhuma novidade é apresentada. Boas canções, com letras festivas em homenagem à cidade natal, boa instrumentação e o mais do mesmo. Nenhuma grande novidade. Mas quem se importa? As doze faixas do álbum são extremamente divertidas e fáceis de decorar. Enfim, ótimas canções pop para colocar no som e não se preocupar com nada.

A primeira faixa, “Liverpool”, é quase um hino composto para a cidade. Ela se inicia lenta, em poucos minutos ganha contornos de ode à felicidade e desemboca em coros, palmas e uma verdadeira saudação nostálgica. A faixa seguinte, “Think About You”, é daquelas canções que grudam na cabeça com facilidade extrema. Apesar de muitos não gostarem da voz de Ringo, ele segura muito bem a onda e é ajudado por coros massivos, que sustentam as canções e possibilitam o equilíbrio necessário no tom emotivo.

A música que apresenta as características mais diferentes é “Now That She's Gone Away”. Uma canção cheia de groove, extremamente empolgante e bem composta. Ela é seguida por “Gone Are the Days”, uma experimentação eletrônica com um início que pode chocar os mais tradicionalistas. É necessário, também, ressaltar a beleza da música “Love is”. Sim, é uma canção romântica bem clichê, mas é singela e bela como só um ex-Beatle seria capaz de criar.

É inegável dizer que a sombra dos Beatles está presente em todas as faixas de Liverpool 8. Ringo parece querer mostrar o que teria acontecido se, há 28 anos, John Lennon não estivesse na porta do Dakota Bulding. Nos dias de hoje, teriam eles arriscado revivals, homenagens à rainha ou concertos beneficentes? Perceberiam que o término tratara-se de um erro? De todos os Beatles, Ringo seria com certeza aquele que pediria desculpas e voltaria a tocar. Nas baquetas de Ringo e nas canções de seu novo CD ainda resta vivo um pouco de tudo aquilo que foram os Beatles.

sexta-feira, 7 de março de 2008

E agora?

ny sorriu pra mim de novo.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Recapitulando



A aproximacão foi lenta e cuidadosa. Melhor evitar conhecer a melhor parte enquanto é tempo. Melhor não me jogar, melhor me esconder nos cantos que podem ser desagradáveis. Não, impossível me apaixonar por alguém que não me quer. Que cobra horas e horas de burocracia. Que ignora minha presença. Impossível me apaixonar por alguém que nunca vai me dar atenção total, que sempre estará ocupado cuidado de seus arranha céus. Impossivel me entregar para alguém que não quer que dê certo.
Mas na primeira olhada a fundo, fica difícil ignorar os fatos que te fazem irresistível.
O primeiro momento que me apaixonei foi naquele dia ensolarado que conheci sua maior cicatriz, lá para todos verem estava o memorial da suas tragédias. Vc parecia não se importar em mostrar que seu coração foi esmigalhado. Estava lá, só faltava vender lápis ou camisetas escritas: eu sobrevivi ao coração quebrado. Foi lá minha primeira lágrima por vc.
A segunda veio quando percorri suas tortuosas veias e vc cantou uma cancão para mim. Era Stand by Me. Jurei que esperava, jurei que faria tudo não te deixar temer o escuro. Meu coração nunca tinha sentido nada igual. Aquela voz me deixa arrepiada cada vez mais.
Logo depois pensei em desistir de vc, vc me mostrou como podia ser frio e difícil. Acordar ao seu lado e querer ficar na cama, enquanto vc simplesmente se mostrava cada vez mais frio, congelando. Fui quebrando o gelo aos poucos, sugeri um passeio e vc me apresentou seu melhor amigo. Mal pude acreditar quem era ele. Seu maior amante. Me senti traída, me senti com inveja de tanto amor. Ele não me deu bola, muito menos vc. Mas mesmo assim quis deixar registrado para guardar aquele momento.
E eu tentava e tentava, te fotografava só para poder te admirar em casa quando não percebia que vc estava lá. Sorria quando via suas imperfeições e suas belezas. Já não podia mentir, aquilo era amor do mais puro.
Resolvi postegar nosso término, ver se vc não queria que eu ficasse. Vc me deu pequenas provas que queria. Mas não foi o suficiente. Fiz minhas malas e percebi que meu mundo já fazia parte do seu, não sabia mais o que empacotar, comprei uma mala nova para guardar nossa história e me lembrar de vc para sempre. Foi tudo tão intenso que vc não saberia, assim como eu, distinguir o que era seu e o que era meu.
Mas seis dias antes da minha partida final, sem mais treguas, vc recuou. Achou que não era certo eu ir. Me sorriu de uma forma irresistível, pegou meu braço e acendeu um holofote para mim. Não pude ignorar, mas já havia cansado de sua incerteza. Agora faltando três dias, tenho quase certeza que vou te deixar... Mas não posso garantir que consigo ignorar outro sorriso seu.

sweetest

And if it never ends when do we start?

Da série: melhores momentos

Woody - parte 36



Olha que bonitinho ele fazendo: "pa, pa, pa..."
Genio!

segunda-feira, 3 de março de 2008

i'm searching for my car



Eu sempre disse pros meus amigos que se eu encontrasse o Woody Allen em NY eu iria falar com ele. Poucas pessoas eu teria coragem de abordar e pagar de fã, alias, atualmente quase niguem, mas imagina a cena. Segunda-feira em NY, eu e meu amigo saindo de um show do Woody, completamente desnorteados por tudo aquilo que tinha acontecido e ele vira e fala, olha o woody!
Eu olho e ele ta la sozinho no meio da calcada procurando algo... Meu amigo diz 'Great Concert, Woody' e ele diz 'Thanx' e eu vou chegando perto dele e falo "Woody, can i have a picture with you' e ele fala 'Ok'. Nao foi o OK mais simpatico que eu ja ouvi.. mas mesmo assim. E ele ficava dizendo 'I'm searching for my car, i'm searching for my car'. Ate que o carro chegou e ele foi embora.
Agradecimentos para o amigo que proporcionou a ida e teve coragem de apertar o botao da maquina.

A segunda vez é sempre melhor

sábado, 1 de março de 2008

Da serie: o metro

Uhu!!!!

Quando o Desmond resolveu testar se ele podia parar de digitar o codigo para ver o que iria acontecer e o Jack nao deixou e no ultimo minuto colocou a senha, eles ganharam outra chance. Os 108 minutos comecaram de novo.

Aconteceu isso aqui... A contagem regressiva comecou de novo.
Ganhei mais 9 dias. Wonderland!

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Versus

1. Quando vc percebe que seus pais nao vao aparecer e limpar a bagunca que vc fez, mas que uma hora ou outra alguem tera que limpar, vc limpa.

2. Todo dia olho o tempo antes de sair de casa, no comeco pensava: nossa 1 grau... ferrou. Agora eu penso, nossa 1 grau! Que maravilha! Depois de pegar - 10, 1 e' 'otimo.

3. A sala em que eu durmo e' muito clara. No primeiro dia dormi sem mascara e acordei quase morrendo por causa da luz, no segundo dia dormi de mascara e ela caiu no meio da noite, no terceiro tirei a mascara sonambula de manha e quase fiquei cega. 1 mes depois... parece que a mascara foi costurada ao meu rosto.

4. Precisa SEMPRE, SEMPRE passar agua antes de colocar a louca na maquina.

5. O metro parecia um monstro pra mim no comeco, as vezes eu preferia andar 10, 20 ruas a pegar o metro.. Agora eu nao penso duas vezes.

Contraponto

1. Faz ate falta alguem que liga no meio da tarde pra saber se voce esta viva, pra saber se vc prefere carne ou massa no jantar e pra reclamar que vc deixou a toalha em cima da cama.

2. O vento continua machucando o meu rosto nos dias mais frios. Mas a neve continua sempre me deixando feliz. Ela continua me impressionando cada dia mais.

3. Tenho saudade do meu edredon preto e das minhas estrelas no teto.

4. Eu podia esquecer meu prato em cima da mesa vez e outra...

5. Toda vez que vejo um saxofone no metro paro e fico admirando. Mesmo quando estou atrasada.

New York I love you

Fica de dica da semana!

http://www.youtube.com/watch?v=veEJmpaASuY

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Smoking

Rá, eu tinha achado o cigarro caro em Noronha.. Aqui custa 7 dolares o maco... Fazendo a transicao fica quase 14 reais. E adivinha se eu lembrei de comprar cigarro antes de vir? Resultado: fumei 4 cigarros desde que eu cheguei aqui. Nao só por economia, mas pq tambem nada ajuda os fumantes em NY. Vc nao pode fumar em NENHUM lugar coberto. NENHUM. E para fumar entao voce tem que sair da calefacao quentinha. E para fumar voce tem que tirar a luva, e isso normalmente congela seus dedos, logo... estou quase parando de fumar. Nao que eu queira, mas eu nao disse que estava mudando? Bem, mas o whisky continua. Juro!

a foto mais bonita que eu fiz

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

happiness

one day you realize that less is more, and you only need three jeans and five shirts to be happy.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

snow

stand by me

Ah, toda vez que eu vejo esse video eu fico arrepiada. Estava escuro entao nao da para ver nada mas nao e' preciso ver nada, so ouvir... Eu so nao entendo como um cara com essa voz pode ser um homeless.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Alanis?



Esqueci de comentar quem abriu o show do Matchbox 20. A Alanis Morissette. Ainda nao entendi como pode. Pra mim, a Alanis e' mais famosa que eles. Mas vai entender, ne? Aqui vai o videozinho da musica que eu mais gosto dela.

Isn't it ironic?

nhami

Cassandra's dream

Esqueci de colocar na miha lista, aqui passa filme do Woody Allen beeeem antes. Ontem vi Cassandra's Dream. O filme se passa em Londres e e' com o Colin Ferell e com o Ewan Mc Gregor. Achei bacana que finalmente transformaram o Colin Ferell num bom ator. E tinha que ser o Woody allen pra fazer isso mesmo. e foi uma pena que o Ewan nao cantou. Adoro quando ele canta. hehehe

De qquer forma, desde Match Point o Woody nao e' o mesmo. Como disse meu amigo, as risadas foram transformadas em tensao e agora o que restou de engracado foi a forma como ele lida com a vida. Como ele mostra pra gente que tudo e' tao hipocrita e tao falso.

O jazz mais uma ve foi transformado em musica classica, mas cada vez menos ele usa musica nos filmes.

Acho que dessa forma ele vai virar um Bergman.
Fica a dica...

Porque eu quero ficar aqui

Aqui a vida e' justa. O pote de sorvete da Hageen-Dazs custa 3 dolares e o chocolate Lindt custa 2. Alem disso, em qualquer estacao do metro e em qualquer Starbucks (eles tem um a cada esquina) toca jazz. Os casacos Donna Karan podem ser encontrados por 45 dolares. Acho que so num pais justo a loja da Apple seria tao grande e tao transparente. So em NY poderia haver uma juncao de Rio de Janeiro e Sao Paulo e ainda de brinde com um Central Park no meio.
Alem disso, aqui no metro as pessoas fazem fila para esperar as outras sairem e mesmo com a quantidade de pessoas que mora aqui, eu nunca fiquei sem sentar dentro do metro. O transito funciona e os taxis, alem de serem amarelos sao baratos.
So em Manhatan vc pode andar olhando o Empire States quase em qquer ponto, alem de de vez em quando sem querer vc passar por alguma ponte enorme e iluminada.
Aqui tem uma casa aquecida me esperando depois da neve e mesmo que pizza seja quase sempre a opcao, eu ate ja achei um lugar que vende guarana e pao de queijo.
Aqui o Woody Allen caminha normalmente pelo soho, alem de tocar toda segunda-feira. Tambem nao e' dificil trombar com algum filme sendo feito no meio da rua, se vc der sorte pode ate ser algum do Spike Lee.
Alem disso, nao e' dificil conseguir um show do Foo Fighters e a Cat Power toca no Terminal 5, onde deve caber no maximo 500 pessoas.

Foo Fightin' 2



Todo mundo falou tanto do Foo Fighters (especialmente vc, Deco) que eu resolvi postar mais um video deles. Essa e' minha musica predileta do FF. Nao sei se da para ver direito, mas ele comecou a tocar essa musica num palco extra que eles montaram. Comecaram a tocar acustico e ele dedicou essa musica a um amigo, que eu imagino que seja o Kurt. Enfim, ele comecou no palquinho, saiu correndo pelo corredor e voltou ao palco principal. Eu nunca tinha visto nada igual, bom talvez so com os Rolling Stones, mas enfim acho que o video falara por mim.

Essa e' pra vc, Deco!
Prometo voltar a escrever... Mas e' que em algumas situacoes, os videos falam mais.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

foo fightin'



Eu quero morar no Madison Square Garden. Sabe o que o Dave disse, que eles t^em 13 anos de carreira e essa era a primeira vez que eles tocavam la. Pelo que eu percebi pelos dois shows que eu fui no Madison, tocar la e' um acontecimento mesmo para os artistas.
Tao fofo, ele disse... voces querem dividir esse momento comigo?

EU QUEEEEERO!!!!!

that's it



Eu nao preciso dizer mais nada.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Chinatown



DEtalhe pro "Excuse me, excuseeeee me".
Era pra mim.

Woody

Matchbox 20



Detalhe para a frase: A gente tá no Matchbox... em Nova York.

Meus vídeos nao costumam ser tao tremidos. Juro.

Naked Cowboy




Saiu no jornal daqui uma matéria sobre esse cara. Ele é meio louco acho. o Naked Cowboy sai pelas ruas de NY tocando violao e tirando fotos com as pessoas. PArece que ele processou a empresa do M&M pq eles copiaram sua imagem. Pois é, eu tava na times (meu lugar predileto daqui) quando eu dou de cara com ele. Ele estava usando uma cueca branca, enato ele nao é tao naked assim, mas de qquer forma, fiquei com vergonha de tirar uma foto com ele. Tirei enqto ele abraçava essas duas tontas.. hehehe! Brincadeirinha.

experiencias incriveis - parte 4

O METRO

New York é isso. O metro de NY resume tudo. Perguntar uma informacao la é como jogar na loteria, a chance de voce fazer a pergunta para um new yorker é praticamente 1 em 1 milhao. Aqui é como o Brasil, ninguem realmente ansceu em New York, todo mundo vem de algum lugar para conseguir a vida.

Capitulo 2
Cresci assistindo séries americanas. E logo nas primeiras vezes que entrei no metro lembrei muito de Mad About You. Fiquei arrepiada de verdade quando vi pessoas tocando saxofone no metro, familias de peruanos (com aquelas flautas insuportaveis) tocando, familias de negros fazendo coral, gente tocando violino, guitarra. Parece que eles realmente levam a serio tocar no metro aqui. Existe até uma associacao de acesso a cultura.

Capitulo 3

00h eu estou no metro com um portugues amigo de uma amiga, falando em portugues com um portugues. Isso é realmente estranho pra mim, mas tenho reparado que quando eu falo em portugues eu falo com sotaque como se estivesse falando ingles. Aquele sotaque insuportavel de americano. Pois é, eu já peguei. Entao... meia noite... os dois conversando dentro do metro, o metro esta lotado, quando de repente uma negra gorda, meio mendiga, com um casaco de la comeca a cantar muito alto no metro. Ela faz uma versao de 'It has to be You', com uma voz maravilhosa. óbvio que nao me restou nada a nao ser derramar uma pequena lágrima. Eu nao tive opcao.

Capitulo 4
Cuidado. Os metros daqui nao fazem o minimo sentido. Nem pra quem mora aqui.

Capitulo 5
Peguei o lado errado sem querer. Fui pedir informacao pra quatro americanas cinquentonas. Uma delas me pergunta de onde eu sou. Respondo. Ela vem me perguntar o que estou fazendo aqui, digo que vim estudar por um mes, ai ela pergunta se estou gostando. Digo que muito. E ela fala sobre meu sotaque. Diz que é quase imperceptivel e que eu nao precisava estudar ingles. Mas ai ela diz que achou incrivel eu ter vindo sozinha para NY para estudar. Sabe que as vezes eu paro pra pensar e tambem acho.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Nice people

Quem disse que os americanos nao sao legais? Hoje choveu o dia inteiro e eu descobri que NY nao e' tao legal com chuva. Nao da para fazer quase nada, as pessoas perdem o charme, o frio nao fica tao frio, fica tudo dificil. E eu tinha que voltar da escola e sair do metro bem na hora que a chuva resolveu ficar realmente pesada. Entao estava eu perdida, molhada, procurando ir rapido, mas sem poder ir muito rapido ao ponto de quase escorregar na neve de ontem quando um homem de uns 50 anos me aborda: "Excuse me, eu nao quero parecer mal-educado, mas eu estou te vendo desde o outro quarteirao, vc aceita uma carona ate' a terceira avenida (onde eu moro) no meu guarda-chuva?" Resumindo, ele perguntou de qual pais eu era e disse que eu tinha um sotaque de europeia, disse que apostava que eu ficava mais bonita seca e me levou ate a porta do meu predio. E sabe qual foi o melhor disso tudo, em nenhum momento ele foi nojento, mal educado ou qquer coisa do genero. Ele podia ate estar me xavecando, mas ele salvou o meu dia sem pedir nada em troca. Pena que ele era feio.
e' engracado como essas viagens sem ninguem por perto mudam a cabeca de uma pessoa. eu estava na rua, no meio da neve, andando, morrendo de frio... olhei para um predio espelhado que refletia minha imagem. e nao me reconheci. tudo aqui e' tao diferente. tudo parece tanto um sonho.. que eu simplesmente nao me reconheco mais.
sera que voces vao me reconhecer quando eu voltar?

experiencias incriveis - parte 3

lista das coisas mais legais que eu comprei:


1. um ipod vermelho com meu nome gravado (e a frase strawberry fields forever)
2. uma bolsa do Andy Warhol
3. um sobretudo branco DKNY por 45 dolares na macy's
4. o box do My So Called Life
5. um poster do John Lennon imitando a estatua da liberdade
6. uma camiseta com a letra de Come Together dos Beatles
7. a camiseta do CBGB
8. hageen dazs por 3 dolares
9. carteira dos Sex Pistols
10. calcinhas da Vitoria Secrets

(isso e' muito superficial, mas extremamente divertido)