quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Junto?

"Viver junto não é uma utopia mas um exílio da própria humanidade"

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Completamente apaixonada... pela Miranda July - parte 3

"Eu sabia quando ela estava perto porque começava a ficar difícil respirar. Toda a atmosfera do lugar mudava: seu cheiro se enrolava no meu rosto e tudo o que eu sabia era que ela estava ali e eu não podia parar de pensar que ela era uma adolescente. Mesmo que isso não fizesse sentido. O bar estava cheio de fumaça e homens, mas eu podia vê-la, atrás de alguém, fora do meu campo de visão, de jeans apertados e tênis, chicletes, orelhas furadas e algum tipo de tira prendendo o cabelo para trás. Uma fita ou algum tipo de tira de plástico. E orelhas furadas, isso eu já disse. OK. Era isso que eu via. Alguns podem dizer que uma garota assim não está preparada para um relacionamento com um homem, principalmente um homem de sessenta e muitos. Mas a esses eu digo: nós não sabemos nada. Não sabemos como curar um resfriado e nem o que os cães estão pensando. Fazemos coisas terríveis, fazemos guerras, matamos pessoas por ganância. Então, quem somos nós para dizer como amar? Eu não a forçaria, não precisaria disso. Ela me desejaria. Estaríamos apaixonados. O que é que vocês sabem? Vocês não ligam para nada. Falem comigo quando tiverem curado a aids, liguem pra mim então e aí eu vou ouvir."

domingo, 17 de agosto de 2008

Salvador Dali em NY

http://diversao.uol.com.br/videos/assistir.jhtm?media=metropolis--salvador-dali-no-museu-de-arte-moderna-de-ny-04023362DC810326

sábado, 16 de agosto de 2008

Lack of tenderness

NY Times sobre "Uma Garota Dividida em Dois":

"Both men corrupt Gabrielle in their pathetic fashion, but it is the larger world, with its cruelties, pettiness and lack of tenderness, that almost does her in. The weather outside, she learns, is frightening."

Gabrielle é uma menina bonita. Não só bonita, mas sexy, rápida e independente. Dessas que viram a vida de qualquer homem. E ela vira a cabeça de dois homens, pondo brilho na vida deles. Mas a questão é até que ponto o homens aguentam tanto brilho... e é ai quando a sua vida começa a virar um inferno.
Assistam e percebam como em determinado momento ela perde aquele brilho.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Blank generation

All Stars são o retrato de uma geração! Fiquei com essa frase na cabeça. Com isso, fui tentar entender de qual geração eu estava falando. Fui ao Wikipedia, descobri assim que os All Stars surgiram em 1917 mas só foram popularizados em 1923. Mas como assim? Eu não lembro de nenhuma foto do meu avô de All Star. Pensando bem, nem meu pai.

Sim, era só eu ler todo o post... eles viraram febre depois que os Ramones começaram a usar e depois foram comprados pela Nike. Mas calma... isso é muito pop. Isso é muito cultura pop. Mas usar All Star é como comer no Mac Donald's... Pô, Nike é o símbolo da cultura capitalista. Not good.

Enfim... meu questionamento é maior. O All Star não fica bem em qualquer um. Não gosto muito de ver tiozinhos de 50 anos de All Star, muito menos pessoas sem estilo. Daquelas que usam jaqueta da Nike vermelha, calça jeans e All Star.

E nada pior que tiazinha de All Star, daquelas que usam calça e jaqueta de moleton. Tudo isso acompanhado por uma bolsa de oncinha. Não, não dá.

As pessoas autorizadas a usarem All Star deveriam viver numa propaganda de refrigerante. Cheio de pessoas rindo e divertindo. No fundo, eles usaram drogas pra estarem tão felizes. Também penso em punks com calças de couro e argolas. A la Ramones mesmo. E isso pq eles eram mais limpinhos. Não consigo imaginar os Sex Pistols de All Star. Posso estar errada, mas nem ligo (atitude punk).

No meu anúncio de refrigerante eles mascam chiclete, usam calças justas, sorriem muito e trazem aquele brilho no olhar que só pessoas de 15 a 25 anos têm. Esse brilho que eu acho que perdi, mesmo tendo 24. As meninas usam presilhas coloridas no cabelo. Seus cabelos brilham muito e sua pele tem aquela elasticidade que tanto destroe corações. Mãos e braços felizes, todos se encontrando como se não tivessem compromisso... três balões sobrevoam a cena... as cores azul e amarelo estão em maioria e a menina de All Star de oncinha pula atrás dos balões. Como se só aquilo importasse. Como se nada mais fizesse sentido. No fundo toca This time tomorrow do Kinks.

Engraçado mesmo é tocar Blank generation enquanto eu escrevo tudo isso.


Pra matar a curiosidade:*

All-Star é um modelo de tênis fabricado pela marca Converse.
Surgiu em meados de 1917, porem sua popularização só ocorreu alguns anos depois, quando em 1923, foi criado o modelo All Star Chuck Taylor. Ele surgiu de uma parceria com o jogador de basquete estado-unidense Chuck Taylor.
Inicialmente, este tênis foi desenhado para a prática do basquete, uma vez que não existiam calçados especializados na época para a prática deste esporte.
Posteriormente o calçado, começou a ser difundido por bandas como The Ramones, banda de punk rock do fim dos anos 70 e por artistas pop e pela mídia televisiva em meados da década de 80.
Com o passar do tempo, o modelo foi se popularizando, já que é considerado um modelo singelo, barato e de bom gosto. A empresa Converse foi comprada pela Nike em 2003.
O modelo All Star Chuck Taylor é vendido em 144 países.
No Brasil, somente a empresa Coopershoes, de Picada Café (RS), produz calçados com as marcas Converse e All Star.
Existem diversas empresas que produzem a marca All Star, a empresa Coopershoes apenas tem exclusividade em produzir a marca Converse.
* by wikipedia

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Conclusão


Alguém que começa no mundo do cinema com "O Homem elefante" e termina falando de meditação não pode ser normal.
É, minha gente, depois de assistir Cidade dos Sonhos, Impérios dos Sentidos, Blue Velvet e o Homem Elefante a minha conclusão é que o Lynch é sim genial, pena que eu não entendo.
Enfim... os quatro filmes valem a pena, mas quando o moço é linear ele é bem melhor. Homem Elefante com Anthony Hopkins é incrível. Não quero mais ver outro filme. Nunca mais.

Fazia tempo que eu não via um filme que retratava tão bem as classes sociais, acho que desde "Tudo Bem" do Jabour. Ficam os dois de dica.

"Minha vida é plena porque eu sei que sou amado".

sábado, 9 de agosto de 2008

you know what happens after dark - part 2

O seu (des)amor me deixou mais uma noite sem dormir. Tudo no meio da angústia solitária envolta pelo edredon que dançava no meu corpo pra lá e pra cá e não aguentava mais ser expulso e reconquistado. Assim como vc faz comigo.
A parte ruim da noite foi quando eu cochilei e tive aquele sonho recorrente, o sonho que vc está ao meu lado. Parece tão real que às vezes eu acredito e fico com vergonha do seu jeito de me olhar. Mas depois passa.
Após o cochilo foi a hora de repetir a minha dose de adolescência rebelde e, num ataque de solidariedade à minha insônia, gratificar-me com mais uma dose de whisky e dois cigarros. Essa é a minha cota de insônia. E sempre funciona. Quer dizer, hoje pode não funcionar. Porque justamente hoje eu resolvi assistir filmes como forma de consolo novamente. Foram três: A Caçada, O Escafandro e a borboleta e 4 meses, 3 semanas e 2 dias. A solução pro sono não veio definitivamente dos filmes.
Ainda na luta com o edredon sou levada pela imaginação e lembro do sonho da noite anterior. Nele a gente combinava. Tudo acontecia naturalmente e em um segundo percebíamos como a nossa pele tinha nascido para aquilo. Como se não tivesse nenhum outro objetivo pra ela, só ficar lá. Perto. No sonho você tentava me conquistar o tempo todo, quase como na realidade, mas parecia que vc não precisava falar, eu percebia tudo pelo jeito que vc me olhava. Tínhamos tempo, vontade, estimulantes. E você ficava lá.
A outra forma de acabar com a insônia foi ligando a tv. MTV Lab. Que raiva. Eu realmente acho que vc arrumou um emprego na MTV e não quis me contar. Cure, Velvet, Sex Pistols, Tom Waits, David Bowie, Joy Division e pra fechar o programa Just Like Honey. Irônico, não? Vc prometeu ser meu plastic toy. Fiquei com vontade que vc também estivesse com insônia na sua casa. A associação seria natural.
Enquanto o álcool invadia meus poros e meus sentidos e eu chegava a conclusão que uma dose não seria o suficiente encontrei uma frase sua refletida na parede do meu quarto, nela vc citava um bolero "what a difference a day makes". E uma noite, quanta diferença será que faz?
Essa noite não fez muita diferença, o quarto gira enquanto eu realmente espero que vc não apareça no meu sonho e mais uma vez o que importa é se amanhã vc vai estar com a camiseta dos Ramones ou não.

ela de novo

- Você reparou no meu novo visual?
- Seu corte de cabelo?
- É mais que isso.
- É interno?
- É, e também comprei sapatos novos.
- Ah.

miranda july.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008