terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Experiência etílica, lisérgica ou transcedental?



Trouxe muita curiosidade do meu assíduo público (hahaha) o porquê da palavra 'lisérgica' no meu ano novo. Não, eu não encontrei nenhuma plantação de cogumelo e muito menos ácido em Noronha...
Os entorpecentes eram todos legais - de legalidade - (dependendo do país), mas a questão é: com pouco já se vivia uma experiência lisérgica naquele lugar.

Visualiza: Hora de filmar os fogos de artifício, ou seja meia noite, fogos filmados, abraço na 'equipe', champagne quente na mão, champagne quente na boca, opa... já acabou a champagne quente? Que coisa! Fomos então ver o show do Cordel com uma garrafa de whisky, sem rocks porque não tinha onde colocar gelo. Camarim... olha... mais whisky e... cerveja gelada... Que maravilha. Logo depois... sei lá como eu fui parar em uma praia (precisa dizer que era paradisíaca?). A tal praia do Boldró tinha uma festa lisérgica, com adolescentes consumindo balas. Ficamos só perto deles, ouvindo aquela música horrível. Olha só, uma garrafa de vodka. Que maravilha! Logo mais em frente, vivencio cenas que eu nunca consegui linkar na minha cabeça. Eu em um vestido branco com rosas vermelhas bem campestre, correndo pela praia... indo em direção ao mar que queria (juro!) me engolir pra sempre. Mas no meio do caminho encontro mais uma garrafa de whisky. Ai, meu estômago... Continuo correndo... feliz... brincando com o mar como se estivesse soprando dentro de uma jarra de milk shake. Milk shake cor de anis. Ah, que natureza linda...

Até que me deparo com a cena mais surreal da minha vida. Um cachorro dormindo no mar (veja acima). Por momentos imagino que ele está no meio do milk shake, retomo a consciência... O que esse cachorro está fazendo dormindo no mar? Será que ele está flutuando? Os fogos tornaram-se espaçados, mas ele continuava lá. Até que eu ouço o pensamento dele. Juro. E ele pensa, com os olhinhos fechados e apertados.

- Eu precisava sair dessa ilha. Porque fora dela há luzes coloridas que estouram.

E essa foi a primeira vez que cruzei com um cachorro platônico.

ps: crédito da 'viagem': Mito da caverna de Platão.

Um comentário:

Eduardo Neto disse...

Tô com inveja desse cachorro.